PPR

À já uns tempos que não ouço falar de PPR’s, como os benefícios fiscais dos ditos foram por agua abaixo, os bancos acharam por bem rever as suas estratégias de marketing e fazer publicidade a outros produtos, fizeram mal.
Andam os especialistas a anos a alertar para esta situação, ainda ontem li no DN que no concelho de vinhais existem dois pensionistas para cada trabalhador activo, é dose, é mau, é o futuro de nós todos.
Só uma pessoa com muito pouco cérebro é que vai acreditar na convergência dos salários com as reformas, todos sabemos que isso é conversa para adormecer meninos em dias de chuva.
Portanto, cabe a cada um de nós fazer algo para que a velhice com reforma miserável (ou sem nenhuma…) não nos venha bater à porta.
A solução (a meu ver) mais viável é o PPR, que com entregas que começam nos 25 euros mensais, pode dar um conforto maior depois dos 65 anos. Esta será por ventura a arma mais eficaz contra a velhice pobre mas não vejo o governo ou os bancos a alertar as pessoas para isso, porquê?
Eu tenho um PPR, sou trintão e sempre ouvi dizer que estas coisas se começam a fazer aos 30.
Quando decidi ir fazer a coisa, entrei no banco, disse ao que ia, e logo me salta uma aventesma com a historia dos benefícios fiscais para cima e para baixo e que frito e cozido. Quando lhe disse textualmente que me estava a cagar para isso e queria a coisa pelo nome (PPR: plano poupança reforma) engasgou-se e nem me soube explicar bem como é que aquilo funcionava, ou seja, nem os empregados dos bancos sabem bem o que estão a vender.
Claro que parte do povo não tem guito para tais veleidades, mas 25 euros por mês não é muito, com a vantagem de se poder fazer entregas extraordinárias se nos der jeito e a coisa até é feita por transferência bancária de modo que nem a sentimos.
Por isso amigos, pensem bem na vidinha e façam um PPR, daqui a 40 anos quando tiverem duas reformas para gastar vão ver que o tio Satanucho é que tinha razão.