IRÂO ELITES E DEMOCRACIA
No seu Post sobre os resultados das eleiçoes no Irão, o Pinto Ribeiro toca num ponto que a mim me diz muito, o facto de ser a derrota do candidato 'pragmático' acarinhado pelas elites e pelo ocidente...
Pois, é precisamente esta coisa de as elites nos andarem a dizer que somos estúpidos se não votarmos em quem eles acham, como sucedeu em França em relação ao sim para o tratado constitucional que está a por em perigo a democracia...
Eu andei muito tempo a repetir esse tipo de discurso politicamente correcto, mas já me fartei. Mais triste ainda, para mim, que me considerava uma pessoa de esquerda (ainda considero, só que o que acho é que a esquerda não existe, não passa de mera retórica para esconder interesses, ora interesses eu defendo os meus, não os dos privilegiados que nos andam a lixar a vida em nome do estado social), é que tenham sido as pseudo eiltes da pseudo esquerda quem mais tem minado a democracia, com esta coisa de se andarem sempre a armar em salvadores dos valores universais, como forma de disfarçar que são uns privilegiados e de esconder o seu verdadeiro desprezo pelo povo, comportando-se na realidade como mini déspotas iluminados.
É inegável que o Irão tem graves problemas ao nível da violação dos direitos humanos... mas os EUA também... já para não falar na forma conivente como a UE finge que não vê o que se está a passar na chechenia e na rússia em geral, e apoia um ditador como o Putin, a ponto de fazer as celebrações da vitória sobre o nazismo em Moscovo (e com todo o respeito em relação ao povo russo), no mesmo dia em que supostamente os nossos iluminados líderes ocidentais deveriam estar a comemorar o Dia da Europa (9 de Maio- aniversário da Declaração Shumman).
Quando há alguns dias me referi ao perigo que a democracia está a correr enquanto forma de governo que implica a participação do povo, uma das coisas que tinha em mente era a forma como a informação nos chega, quem a escolhe, que a filtra, e como nos é apresentada. O caso do Irão é paradigmático, por contraste com a Arábia saudita, de onde, pelo menos até há muito pouco tempo pura e simplesmente não saia informação de espécie nehuma sobre nada. Não que eu simpatize com o regime iraniano, não é isso, mas pensemos, por uns instantes, que imagem nos andaram a construir, antes do 11 de setembro ter acontecido, sobre a arábia saudita? nenhuma, claro, porque como não havia nada de bom para mostrar, não se mostrava nada, à excepção das festas de arromba que os príncipes sauditas davam em Marbelha no Verão (para quem via no cabeleireiro a revista espanhola HOLA, particularmente instrutiva neste domínio).
A forma como formamos a nossa percepção da realidade de outros países é um tema ao qual voltarei, se entretanto o porko ainda estiver para me aturar.
Pois, é precisamente esta coisa de as elites nos andarem a dizer que somos estúpidos se não votarmos em quem eles acham, como sucedeu em França em relação ao sim para o tratado constitucional que está a por em perigo a democracia...
Eu andei muito tempo a repetir esse tipo de discurso politicamente correcto, mas já me fartei. Mais triste ainda, para mim, que me considerava uma pessoa de esquerda (ainda considero, só que o que acho é que a esquerda não existe, não passa de mera retórica para esconder interesses, ora interesses eu defendo os meus, não os dos privilegiados que nos andam a lixar a vida em nome do estado social), é que tenham sido as pseudo eiltes da pseudo esquerda quem mais tem minado a democracia, com esta coisa de se andarem sempre a armar em salvadores dos valores universais, como forma de disfarçar que são uns privilegiados e de esconder o seu verdadeiro desprezo pelo povo, comportando-se na realidade como mini déspotas iluminados.
É inegável que o Irão tem graves problemas ao nível da violação dos direitos humanos... mas os EUA também... já para não falar na forma conivente como a UE finge que não vê o que se está a passar na chechenia e na rússia em geral, e apoia um ditador como o Putin, a ponto de fazer as celebrações da vitória sobre o nazismo em Moscovo (e com todo o respeito em relação ao povo russo), no mesmo dia em que supostamente os nossos iluminados líderes ocidentais deveriam estar a comemorar o Dia da Europa (9 de Maio- aniversário da Declaração Shumman).
Quando há alguns dias me referi ao perigo que a democracia está a correr enquanto forma de governo que implica a participação do povo, uma das coisas que tinha em mente era a forma como a informação nos chega, quem a escolhe, que a filtra, e como nos é apresentada. O caso do Irão é paradigmático, por contraste com a Arábia saudita, de onde, pelo menos até há muito pouco tempo pura e simplesmente não saia informação de espécie nehuma sobre nada. Não que eu simpatize com o regime iraniano, não é isso, mas pensemos, por uns instantes, que imagem nos andaram a construir, antes do 11 de setembro ter acontecido, sobre a arábia saudita? nenhuma, claro, porque como não havia nada de bom para mostrar, não se mostrava nada, à excepção das festas de arromba que os príncipes sauditas davam em Marbelha no Verão (para quem via no cabeleireiro a revista espanhola HOLA, particularmente instrutiva neste domínio).
A forma como formamos a nossa percepção da realidade de outros países é um tema ao qual voltarei, se entretanto o porko ainda estiver para me aturar.
3 Comments:
sim, eu sei. mais tarde hei de por um post sobre os direitos humanos...
õ pinto ribeiro, vamos combinar uma coisa, nao dizes nal dos servios e eu nao digo mal dos iranianos, assim de certeza que havemos de arranjar alguns leitores... os meus amigos servios ja estao avisados do blog,
sim, ha servios que emprestram cavalos a muculmanos, e tambem ha muculmanos que renegam as origens epara serem agradaveis ao poder como foi o caso do emir kosturica) o nome emir diz tudo sobre as origens do senhor.
nestas coisas de identidade e de coexiistencia entre comunidades entre o preto e o branco ha uma paleta de cores.
saudacoes a todos os nossos leitores, que neste momento devem ser uns dois ou tres ...
por mim, desde que lhes de que pensar, ja me sinto realizada.
qual é a nacionalidade do gajo que escreveu o «biblioteca»?
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