Notas Soltas - Julho/2005
Irão – A vitória do candidato mais radical Mahmoud Ahmadinejad é o prenúncio do regresso à instabilidade que o defunto Ayatolah Khomeiny gerou em 1979. O Irão demencialmente fanatizado é um estorvo à democratização do Médio Oriente.
EUA – Em 4 de Julho, dia da independência, mais uma grande vitória da ciência celebrou a data – a colisão programada de uma sonda da NASA contra um cometa. Que grande avanço para a humanidade num país que tanto retrocede.
Madeira – As afirmações de A. João Jardim, relativas a chineses e indianos, são uma manifestação boçal de racismo e xenofobia que ignora milhões de compatriotas emigrados, muitos deles madeirenses.
Co-incineração – Os testes efectuados com resíduos industriais na cimenteira Secil corroboraram a conclusão da «Comissão Independente». É um método quase inócuo, de valorização energética e que respeita as exigências ambientais. Que dizem o PSD e o CDS a três anos perdidos, sem nada terem feito?
Reino Unido – O fanatismo religioso reaparece no cobarde atentado que semeou a morte e a desolação em Londres. Os dementes de Deus são capazes de todos os crimes a troco do Paraíso. Urge quebrar os ímpetos assassinos do fascismo islâmico.
Luxemburgo – A vitória do SIM no referendo é uma débil esperança para a Constituição Europeia e uma vitória pessoal do primeiro-ministro Jean-Claude Juncker, que, por respeito ao eleitorado, recusou o convite para presidir à Comissão Europeia.
Coreia do Norte – No último Estado estalinista correm o risco de morrer à fome centenas de milhares de pessoas. A troco de negociações sobre o programa nuclear, a Coreia do Sul disponibilizou 500 mil toneladas de arroz.
Autárquicas – Quem defendeu as alterações que permitiram listas independentes tem os exemplos de Isaltino, Valentim Loureiro, Fátima Felgueiras, Ferreira Torres e outros, para reflectir e apreciar o caciquismo na sua máxima apoteose.
Assembleia da República – A redução do número de deputados e a criação de círculos uninominais é uma concessão ao populismo que esmaga os pequenos partidos e empobrece as opções eleitorais. A oposição faz-se no Parlamento. Ou na rua.
Iraque – Estima-se que cerca de 25 mil civis foram mortos desde a invasão, um terço dos quais por terroristas autóctones. Na contabilidade macabra, os agressores vão largamente à frente. E a Constituição «democrática» vai ter o Islão como referência.
Ministério das Finanças – A demissão do titular ao fim de quatro meses não é um bom prenúncio para o futuro mas a rapidez da substituição e a credibilidade do novo ministro mostram a grande margem de manobra de que Sócrates dispõe.
Ass. Portuguesa de Escritores – A atribuição do Grande Prémio do Romance a Vasco Graça Moura é o justo galardão a um dos mais fecundos e estimulantes escritores da língua portuguesa, que se distinguiu na poesia, ensaio, tradução e, agora, no romance.
Chão da Lagoa – É a arena onde, todos os anos, o líder do PSD/Madeira investe contra o Continente e a comunicação social e exibe a falta de educação e de princípios. Este ano, depois de afrontar Marques Mendes, atacou a Constituição.
Autárquicas – Inquinadas pelas restrições orçamentais, acabam por julgar mais o Governo e menos os candidatos, reflectindo interesses urdidos por caciques locais sem ponderação do mérito de quem se submete a sufrágio.
Presidenciais – São previsíveis acidentes de percurso até ao veredicto final, mas – a confirmarem-se os candidatos que se anunciam –, regressa a discussão política e a incerteza quanto aos resultados eleitorais.
Londres – O brasileiro Jean Charles de Menezes, morto por engano pela polícia britânica, foi atingido com oito tiros, sete na cabeça e um no ombro –, admitiram as autoridades. Depois da guerra preventiva, chegaram os fuzilamentos preventivos.
Durão Barroso – O Financial Times, um dos mais conceituados jornais em todo o mundo, avalia o desempenho do presidente da Comissão Europeia como um «show de horror» e é ainda mais severo do que os portugueses para com o antigo primeiro-ministro.
Ota e TGV – O regresso dos projectos é uma esperança para a economia e para a absorção de mão de obra que, de há três anos a esta parte, só vê crescer o desemprego, mas os inimigos querem reservar-lhe a maldição da barragem do Alqueva.
Holanda – A condenação de Mohammed Bouyeri, de 27 anos, a prisão perpétua, pelo assassínio de Theo van Gogh, o realizador que denunciou a crueldade de que as mulheres são vítimas no islão, impede o terrorista de reincidir na aplicação do Corão.
Irlanda do Norte – O IRA renunciou finalmente à luta armada. É uma auspiciosa notícia, após um passado de violência que dilacerou católicos e protestantes e sacrificou três mil mortos no altar do ódio, nos últimos quarenta anos.
EUA – Em 4 de Julho, dia da independência, mais uma grande vitória da ciência celebrou a data – a colisão programada de uma sonda da NASA contra um cometa. Que grande avanço para a humanidade num país que tanto retrocede.
Madeira – As afirmações de A. João Jardim, relativas a chineses e indianos, são uma manifestação boçal de racismo e xenofobia que ignora milhões de compatriotas emigrados, muitos deles madeirenses.
Co-incineração – Os testes efectuados com resíduos industriais na cimenteira Secil corroboraram a conclusão da «Comissão Independente». É um método quase inócuo, de valorização energética e que respeita as exigências ambientais. Que dizem o PSD e o CDS a três anos perdidos, sem nada terem feito?
Reino Unido – O fanatismo religioso reaparece no cobarde atentado que semeou a morte e a desolação em Londres. Os dementes de Deus são capazes de todos os crimes a troco do Paraíso. Urge quebrar os ímpetos assassinos do fascismo islâmico.
Luxemburgo – A vitória do SIM no referendo é uma débil esperança para a Constituição Europeia e uma vitória pessoal do primeiro-ministro Jean-Claude Juncker, que, por respeito ao eleitorado, recusou o convite para presidir à Comissão Europeia.
Coreia do Norte – No último Estado estalinista correm o risco de morrer à fome centenas de milhares de pessoas. A troco de negociações sobre o programa nuclear, a Coreia do Sul disponibilizou 500 mil toneladas de arroz.
Autárquicas – Quem defendeu as alterações que permitiram listas independentes tem os exemplos de Isaltino, Valentim Loureiro, Fátima Felgueiras, Ferreira Torres e outros, para reflectir e apreciar o caciquismo na sua máxima apoteose.
Assembleia da República – A redução do número de deputados e a criação de círculos uninominais é uma concessão ao populismo que esmaga os pequenos partidos e empobrece as opções eleitorais. A oposição faz-se no Parlamento. Ou na rua.
Iraque – Estima-se que cerca de 25 mil civis foram mortos desde a invasão, um terço dos quais por terroristas autóctones. Na contabilidade macabra, os agressores vão largamente à frente. E a Constituição «democrática» vai ter o Islão como referência.
Ministério das Finanças – A demissão do titular ao fim de quatro meses não é um bom prenúncio para o futuro mas a rapidez da substituição e a credibilidade do novo ministro mostram a grande margem de manobra de que Sócrates dispõe.
Ass. Portuguesa de Escritores – A atribuição do Grande Prémio do Romance a Vasco Graça Moura é o justo galardão a um dos mais fecundos e estimulantes escritores da língua portuguesa, que se distinguiu na poesia, ensaio, tradução e, agora, no romance.
Chão da Lagoa – É a arena onde, todos os anos, o líder do PSD/Madeira investe contra o Continente e a comunicação social e exibe a falta de educação e de princípios. Este ano, depois de afrontar Marques Mendes, atacou a Constituição.
Autárquicas – Inquinadas pelas restrições orçamentais, acabam por julgar mais o Governo e menos os candidatos, reflectindo interesses urdidos por caciques locais sem ponderação do mérito de quem se submete a sufrágio.
Presidenciais – São previsíveis acidentes de percurso até ao veredicto final, mas – a confirmarem-se os candidatos que se anunciam –, regressa a discussão política e a incerteza quanto aos resultados eleitorais.
Londres – O brasileiro Jean Charles de Menezes, morto por engano pela polícia britânica, foi atingido com oito tiros, sete na cabeça e um no ombro –, admitiram as autoridades. Depois da guerra preventiva, chegaram os fuzilamentos preventivos.
Durão Barroso – O Financial Times, um dos mais conceituados jornais em todo o mundo, avalia o desempenho do presidente da Comissão Europeia como um «show de horror» e é ainda mais severo do que os portugueses para com o antigo primeiro-ministro.
Ota e TGV – O regresso dos projectos é uma esperança para a economia e para a absorção de mão de obra que, de há três anos a esta parte, só vê crescer o desemprego, mas os inimigos querem reservar-lhe a maldição da barragem do Alqueva.
Holanda – A condenação de Mohammed Bouyeri, de 27 anos, a prisão perpétua, pelo assassínio de Theo van Gogh, o realizador que denunciou a crueldade de que as mulheres são vítimas no islão, impede o terrorista de reincidir na aplicação do Corão.
Irlanda do Norte – O IRA renunciou finalmente à luta armada. É uma auspiciosa notícia, após um passado de violência que dilacerou católicos e protestantes e sacrificou três mil mortos no altar do ódio, nos últimos quarenta anos.
1 Comments:
“Eu nunca vivi na era de Heitor, domador de cavalos, nem vivi na época de Aquiles, mas respiro no tempo do Comandante Guélas, Senhor de Paço de Arcos” – Quitéria Barbuda in “Os Eleitos”, Revista “Espírito”, nº 15, 2005.
www.riapa.pt.to
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