MUSICA CLASSICA NOS AÇORES
Como os meus amigos sabem, vivo numa terra de bestas quadradas habitada por umas criaturas simiescas com ténues semelhanças com o homem, símios estes a que se convencionou dar o nome de açorianos, porque o nome de mongolóides já estava ocupado.
Acabei de ir ver um concerto de musica de câmara, quarteto Borodin, uma cena cinco estrelas, ou assim eu pensava. Bem, estou a ser injusto, os tipos eram bons, agora as bestas que foram ao concerto ….
O concerto, dividido em duas partes começou bem, uma peça do surdo (beethoven) em quatro andamentos que correu sobre rodas até acabar o primeiro andamento. Os símios, como bons cães de Pavlov logo rebentaram em estrondoso aplauso e eu logo acordei para a dura realidade: LÁ VINHA MAIS UM BARRETE!!!
Não contentes com a coisa e todos cheios de pica, acaba o segundo andamento e ainda ouve 50 alimárias que tinham deixado a vergonha em casa e vai de bater palmas mais uma vez. Desta vez nem me senti envergonhado, antes intrigado: mas porque é que chamam portugueses as estas curiosidades? Uma vaca não é considerada um português, uma galinha poedeira não tem estatuto de cidadania… então porque chamar portugueses a estes símios? Não se deveriam chamar simplesmente, símios ou gorilas? Levavam-se 3 ou 4 para Portugal e metiam-se no jardim zoológico com o resto da fauna exótica!!
Bem, ao terceiro andamento e convenientemente postos na ordem (afinal parece que eu não era o único ser humano na plateia) a coisa lá seguiu sem mais incidentes.
Segunda peça, Chostakovitch, que para gajo de século XX até estava muito bem, ou quase, uma coisa bem ritmada a acabar numa longuiiiiiisima nota em decrescendo, durou alguns 20 segundos, sublime, mesmo até ao…..COF COF COF a 3 segundos do fim de algo se sonho que rapidamente se tornou em pesadelo, claro. Três segundos? o gaijo não podia ter retido a tosse por 3 segundos?
É pá, confesso que se o filho da puta estivesse na cadeira à minha frente tinha levado um caldo logo ali, e com força suficiente para ir apanhar a puta da dentadura 3 filas à frente. Mas quem é que deixou sair estes gajos das jaulas? E logo hoje???
Intervalo, nem saí do lugar, não sei se há veterinários na ilha de modos que estes gajos podem não estar vacinados e o melhor é nem me misturar, e ainda por cima como não sei falar mongolóide não ia perceber os gajos.
Segunda parte, aqui o ingénuo à espera que a coisa melhora-se, até porque a segunda parte era com piano. Obviamente que o principio de Peter nem me passou pela cabeça, mas devia. O princípio de Peter para quem já não se lembra postula que se uma coisa pode correr pior, isso vai com toda a certeza acontecer. À ganda Peter devias estar a viver nos açores quando inventaste esse principio, só pode…
Pesava eu que a segunda parte era uma peça para piano e violino, saiu-me o jackpot: afinal era uma peça para piano, violino e coro de bestas.
Começam os músicos a tocar e começa também o coro de bestas a acompanhar: COF COF aqui, ATCHIM ATCHIM ali mais à frente, pigarreanços vários num crescendo ritmado que dava vontade de arrancar os cabelos. Tossir acontece a todos mas quando acontece a seres humanos eles controlam a cena ou então vão-se embora, foi o que aconteceu ao outro ser humano que estava naquele auditório hoje, e logo duas cadeiras ao lado, tossiu uma, reprimiu a segunda e a seguir pediu desculpa e foi-se embora sem mais delongas deixando os outros ver o concerto descansados e não incomodando mais ninguém. O coro de bestas, prái uma 150 devia ter feito o mesmo, mas não, sofri mais três penosos andamentos disto. Fiquei a saber que tossir é uma arte, tem vários ritmos e timbres e então acompanhada com regulares assoadelas e fungadelas nem vos conto. Só faltou mesmo o gajo do talho a cortar as unhas dos pés na primeira fila e o taberneiro a chuchar um palito e a peidar-se que nem um leão para a minha noite ficar completa. À granda cultura, sim senhor, que noite memorável que tive hoje. Ainda por cima estes gajos são TODOS convidados pelos patrocinadores. Porque eu quis comprar um bilhetinho assim que os puseram à venda e só consegui um na pintelhésima fila porque o resto era tudo reservado. Isto dá que pensar: quem seriam os patrocinadores da noite de hoje? A Associação de suinicultores Micaelenses? A União Recreativa dos Taberneiros? A Associação de Casas de Putedo das ilhas?
Quinze anos de concertos e ainda tenho capacidade de me surpreender, grunhos destes já vi em festivais de heavy metal e concertos dos Irmãos Catita agora em auditórios …. Mais valia ter ficado em casa a ver o National Geographic, via a mesma selvejaria mas a paisagem sempre era mais agradável.
Acabei de ir ver um concerto de musica de câmara, quarteto Borodin, uma cena cinco estrelas, ou assim eu pensava. Bem, estou a ser injusto, os tipos eram bons, agora as bestas que foram ao concerto ….
O concerto, dividido em duas partes começou bem, uma peça do surdo (beethoven) em quatro andamentos que correu sobre rodas até acabar o primeiro andamento. Os símios, como bons cães de Pavlov logo rebentaram em estrondoso aplauso e eu logo acordei para a dura realidade: LÁ VINHA MAIS UM BARRETE!!!
Não contentes com a coisa e todos cheios de pica, acaba o segundo andamento e ainda ouve 50 alimárias que tinham deixado a vergonha em casa e vai de bater palmas mais uma vez. Desta vez nem me senti envergonhado, antes intrigado: mas porque é que chamam portugueses as estas curiosidades? Uma vaca não é considerada um português, uma galinha poedeira não tem estatuto de cidadania… então porque chamar portugueses a estes símios? Não se deveriam chamar simplesmente, símios ou gorilas? Levavam-se 3 ou 4 para Portugal e metiam-se no jardim zoológico com o resto da fauna exótica!!
Bem, ao terceiro andamento e convenientemente postos na ordem (afinal parece que eu não era o único ser humano na plateia) a coisa lá seguiu sem mais incidentes.
Segunda peça, Chostakovitch, que para gajo de século XX até estava muito bem, ou quase, uma coisa bem ritmada a acabar numa longuiiiiiisima nota em decrescendo, durou alguns 20 segundos, sublime, mesmo até ao…..COF COF COF a 3 segundos do fim de algo se sonho que rapidamente se tornou em pesadelo, claro. Três segundos? o gaijo não podia ter retido a tosse por 3 segundos?
É pá, confesso que se o filho da puta estivesse na cadeira à minha frente tinha levado um caldo logo ali, e com força suficiente para ir apanhar a puta da dentadura 3 filas à frente. Mas quem é que deixou sair estes gajos das jaulas? E logo hoje???
Intervalo, nem saí do lugar, não sei se há veterinários na ilha de modos que estes gajos podem não estar vacinados e o melhor é nem me misturar, e ainda por cima como não sei falar mongolóide não ia perceber os gajos.
Segunda parte, aqui o ingénuo à espera que a coisa melhora-se, até porque a segunda parte era com piano. Obviamente que o principio de Peter nem me passou pela cabeça, mas devia. O princípio de Peter para quem já não se lembra postula que se uma coisa pode correr pior, isso vai com toda a certeza acontecer. À ganda Peter devias estar a viver nos açores quando inventaste esse principio, só pode…
Pesava eu que a segunda parte era uma peça para piano e violino, saiu-me o jackpot: afinal era uma peça para piano, violino e coro de bestas.
Começam os músicos a tocar e começa também o coro de bestas a acompanhar: COF COF aqui, ATCHIM ATCHIM ali mais à frente, pigarreanços vários num crescendo ritmado que dava vontade de arrancar os cabelos. Tossir acontece a todos mas quando acontece a seres humanos eles controlam a cena ou então vão-se embora, foi o que aconteceu ao outro ser humano que estava naquele auditório hoje, e logo duas cadeiras ao lado, tossiu uma, reprimiu a segunda e a seguir pediu desculpa e foi-se embora sem mais delongas deixando os outros ver o concerto descansados e não incomodando mais ninguém. O coro de bestas, prái uma 150 devia ter feito o mesmo, mas não, sofri mais três penosos andamentos disto. Fiquei a saber que tossir é uma arte, tem vários ritmos e timbres e então acompanhada com regulares assoadelas e fungadelas nem vos conto. Só faltou mesmo o gajo do talho a cortar as unhas dos pés na primeira fila e o taberneiro a chuchar um palito e a peidar-se que nem um leão para a minha noite ficar completa. À granda cultura, sim senhor, que noite memorável que tive hoje. Ainda por cima estes gajos são TODOS convidados pelos patrocinadores. Porque eu quis comprar um bilhetinho assim que os puseram à venda e só consegui um na pintelhésima fila porque o resto era tudo reservado. Isto dá que pensar: quem seriam os patrocinadores da noite de hoje? A Associação de suinicultores Micaelenses? A União Recreativa dos Taberneiros? A Associação de Casas de Putedo das ilhas?
Quinze anos de concertos e ainda tenho capacidade de me surpreender, grunhos destes já vi em festivais de heavy metal e concertos dos Irmãos Catita agora em auditórios …. Mais valia ter ficado em casa a ver o National Geographic, via a mesma selvejaria mas a paisagem sempre era mais agradável.
2 Comments:
Bem feito , estou bem contente! Eu tinha-te dito para levares os açaimes.. pode ser que aprendas agora
bela noitada sim, deixa tar eu levo com um aqui no trabalho a tossir o dia todo de uma maneira tão horrivel, que já cheguei a pensar, (será que ele um dia não se vai atraz desta tosse)
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