quinta-feira, julho 14, 2005

Corrupção - padres e política

Os motivos infamantes que levaram o capitão Valentim Loureiro à expulsão das Forças Armadas Portuguesas (F.A.P.) impedi-lo-iam, noutro país europeu, talvez com a excepção da Itália, de prosseguir qualquer carreira pública.

Foi a situação de desespero económico da viúva e de filhos menores de outro capitão, expulso por iguais mesmos, que deu origem a um acto de misericórdia que levou à reintegração do referido oficial a título póstumo, com uma pena mais suave, situação que foi sancionada pelo gen. Eanes, então CEMGE.

Foi esse esmola à família do camarada falecido que Valentim Loureiro reivindicou para exigir a reintegração e ascender ao posto de major que a antiguidade entretanto permitia.

Depois disto, só a falta de vergonha do próprio e do PSD, em que um protegeu o outro, mútua e reciprocamente, permitiu ao oficial que recebia uma comissão nas batatas compradas para as Forças Armadas, atingir os altos cargos que desempenhou.

Só um eleitorado que não castiga o carácter venal dos seus eleitos e um partido que se conforma com o passado inquietante dos seus quadros, puderam permitir que Valentim Loureiro ocupasse os mais altos cargos da hierarquia partidária, presidisse a uma Câmara, colocasse homens da sua confiança no Governo, incluindo um seu vereador, dirigisse o futebol nacional e presidisse à Empresa do Metro do Porto em representação dos autarcas.

O gesto corajoso e nobre de Marques Mendes, de lhe retirar a confiança política, não o impede de apresentar de novo a sua candidatura à Câmara de Gondomar no próximo dia 22.
Antes disso, «assinou ontem um protocolo com os párocos de 14 freguesias do concelho de Gondomar, com vista à distribuição de uma verba camarária de cerca de 136.500 euros» - segundo revela o Correio da Manhã de 13 do corrente..

«Valentim Loureiro distribui dinheiro por párocos».
É a apoteose do caciquismo no seu máximo esplendor.

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Pinto Ribeiro:

Marques Mendes já foi mais longe do que qualquer dos seus antecessores.

Tenho-o por um homem sério.

Não deixa de ser um adversário político. Mas, estimável.

3:34 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

O que dizes é verdade, mas não contas 1/100 da história. Já agora, quando ele pediu a reintegração passou de imediato de capitão (patente que tinha quando foi expulso) para major e, logo de sguida entrou na reforam (ou reserva como dizem lá os gajos).

Um dia conto-vos o que sei.

4:40 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Agora ,agora wau-ei estou a rasca, antes que te arrefêssam o céu da boca!Depois que aquêle filho d'uma chiene me fêz!WAU,GO,GO,GO,;THE GANG OF SON OF DA BITCHE!Os Portugueses ;soldados, mas que vergonha tem na cara deixarem os filhos irem para a tropa..depois daquilo que passaram a defenderem esses son's of the bitche

9:29 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

desculpe lá, mas o marques mendes só é sério quando não se ri.

durante o tempo do cavaco, não foram poucas as pessoas a quem ele deixou claro que 'se precisasem de alguma coisa fossem ter com ele.

presumo que o carlos esperança não acredite em milagres, pois não?

isto é mera táctica, de quem sabe que tem de atacar para não ser trucidado (o que será apenas uma questão de tempo, claro).

quanto ao major e aos párocos, enfim, uma vergonha. mas o que é grave é que tenha margem de manobra para o fazer.

11:27 da tarde  

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