terça-feira, julho 05, 2005

JaZZ vais embora???

Esta noticia é cortesia (que é como quem diz pilhagem descarada) do blogue « outro, eu»
olhem bem para os pezinhos de barro do menino.

Quando o crítico chegou já o concerto tinha começado. Em palco, um quarteto: três jovens brancos (piano, contrabaixo, bateria) e o veterano negro Von Freeman, no sax tenor. Vieram todos de Chicago para quem os quisesse ouvir no Estoril Jazz. Eu quis. O crítico, que lá foi, também supostamente quereria. A certa altura, por sobre a música, ergue-se uma voz. Estou uns cinco metros abaixo, de lado, a conversa começa a perturbar-me. Alguém fala como se estivesse num bar, a plenos pulmões. Em pleno concerto. É uma voz que fala sozinha. Olho para trás, tentando identificar de onde vem o ruído. A penumbra não deixa perceber quem é o falador. O timbre é-me familiar. No momento em que me passa pela cabeça a hipótese (não pode ser!) de que talvez seja o crítico, vejo um movimento brusco: há uma mão que se dirige a uma cabeça e que, num repente, lhe arranca algo que atira, com vigor, por cima de uma sebe, para o meio de umas árvores. A voz incómoda cala-se. Percebo tudo num flash: a tal voz falava ao telefone. Alguém, ao lado, incomodado com a conversa não esteve com meias medidas. O falador levanta-se e ainda esboça duas palavras de protesto mas com pouca convicção. É então que tenho a confirmação de que é mesmo ele: José Duarte, o crítico de jazz, que desce, trôpego, em direcção à zona do palco, para contar o que se passou ao fotógrafo com quem tinha chegado ao Parque Palmela. Foram ambos à procura do telemóvel e, vim a saber depois, também dos óculos que voaram para longe no mesmo ímpeto de fúria. José Duarte ainda voltou, uma vez mais, à zona da plateia onde ficou sem telemóvel e sem óculos, para examinar o chão com uma lanterna. Ainda esboçou uma reclamação mas sem apoio. Os espectadores mandaram-no calar. No intervalo, o crítico foi à procura de um polícia para fazer queixa da ocorrência. Na segunda parte já não o vi por lá. Concentrei-me na música. A propósito, foi um bom concerto. Von Freeman mereceu a atenção que lhe foi dada, mesmo com conversas telefónicas e cenas rocambolescas pelo meio. Estou curioso por ver a crítica ao espectáculo.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Satanucho,hoje vai haver um grande concerto de jazz, no festival mundial de jazz de Montreal! Com um pouco de sorte talvês veja o teu amigo e o seu (telefono) talvês seja a primeira vêz que um (telefono) sai pelo trout de cu de alguem,

10:02 da tarde  
Blogger SATANUCHO said...

E US3 em oeiras dia 10?

11:13 da tarde  

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