quinta-feira, julho 07, 2005

E depois de Londres...


Todos recordamos o obsceno conceito da guerra preventiva, criado para combater o «Eixo do Mal» e a outra infeliz expressão de Bush a anunciar a «cruzada» contra o terrorismo.

Temos na memória a cimeira da guerra, reunida nos Açores, onde se decidiu, ao arrepio da ONU e da legalidade internacional, invadir e ocupar o Iraque, com base em mentiras grosseiras e interesses mesquinhos.

Mais do que um erro, a invasão do Iraque foi um crime. Mais do que a prepotência dos poderosos foi uma manifestação trágica da imponderada decisão de Bush, Blair e Aznar, acolitados por Durão Barroso, em bicos dos pés, para se tornar cúmplice.

Mas os terroristas existem e, independentemente do julgamento severo que a história há-de fazer dos responsáveis pela tragédia do Iraque, não assiste aos facínoras que em Nova York, Madrid ou Londres atacam inocentes e lançam o horror entre cidadãos indefesos, o direito à liberdade.

Os dementes de Deus são capazes de todos os crimes a troco do Paraíso. A liberdade que as sociedades democráticas conquistaram com a separação da Igreja e do Estado não pode ser comprometida pela tolerância de que gozam os pregadores do ódio, os instigadores da violência, os fanáticos de um credo qualquer.

Nas capitais europeias, no seio do comunitarismo islâmico, há agitadores que pretendem transformar o mundo numa multidão de fanáticos virados para Meca, que impedem a igualdade entre os sexos, que odeiam a democracia e execram a liberdade.

A Declaração Universal dos Direitos do Homem tem de ser respeitada e assimilada por todos. Esta é uma tarefa indeclinável das democracias e das suas forças policiais.

7 Comments:

Anonymous Anónimo said...

não me leve a mal as minhas críticas sistemáticas aos seus posts, mas parece-me que o seu dogmatismo ateísta lhe diminui um pouco a capacidade de análise.
o seu post está cheio de bonitas proclamações, mas repare, a Declaração Universal dos Direitos do Homem não passa de um amontoado de palavras.

e não se ganha nada em chamar dementes de deus aos criminosos que cometem estes actos. porque se há coisa que eles não são é dementes, têm uma capacidade de organização notável, conseguem enganar toda uma rede de estruturas de segurança que custam aos contribuintes milhões. eles são é maus, isso é que eles são.

e as sociedades democráticas de que fala ajudaram a fazer prosperar este tipo de gente, nomeadamente apoiando regimes que não respeitam os direitos humanos, como por exemplo marrocos ou o egipto, em que a máquina de repressão local apenas servia para calar aqueles que de facto se batiam pela liberdade, deixando o campo aberto para a expansão das correntes fundamentalistas.

6:43 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

11 de setembro - EUA
11 de Março - Espanha
7 de Julho - Inglaterra
???????? - Lisboa

Tendo em conta que após o 11 de Setembro é muito mais dificil desenvolver qualquer atentado nos EUA e que a Inglaterra e a Espanha já pagaram pela "afronta" que teve lugar nos Açores, poderá Lisboa estar cada vez mais perto de um atentado ? Ou valer-nos-á a insignificância lusitana ?

Terão estes "Porkos" alguma coisa a ver com o "Frango tipo Leitão", matéria de posta no "Random Precision"?

Frei Tomás

7:37 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

E a Palmira, está em greve?

Frei Tomás

7:39 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

caorafeiro:

Não só não lhe levo a mal as críticas como lhas agradeço.

Quem critica presta sempre um serviço a quem escreve e, no seu caso, tem observações pertinentes e verdades irrespondíveis.

Acredite, todavia, que os dementes de Deus não são exclusivos do islão.

Estes facínoras são iguais aos que fizeram as cruzadas. E não sei se os bispos espanhóis que fizeram uma procissão (manifestação) em Madrid, contra o divórcio e os casamentos homossexuais, não seriam capazes de cometer os mesmos crimes se tivessem força e poder.

A loucura de Deus embebeda os homens.

9:37 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

desculpe, não é a loucura de deus.

a religião é apenas usada como instrumento de adesão emocional a uma ideologia, ou seja, como forma de manipular a vontade dos crentes. deus não tem nada a ver com isto, quer exista quer não.

e vai haver cada vez mais fundamentalismo religioso, de todos os tipos, sabe porquê, porque as pessoas já não se motivam por mais nada, porque já não acreditam nos amanhãs que cantam. sabem que o Mundo não tem ponta por onde se lhe pegue.

10:13 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

caorafeiro:

Claro que é a loucura de Deus. Aliás essa é uma característica dos loucos, dos bons e dos maus, acreditarem no que não existe.

10:17 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

entao agradeço-lhe que nao tome em consideraçao nada do que eu escreva. é que eu acredito em deus, e até tenho uma perigosa tendencia para encontrar sinais de deus nas mais pequenas coisas.

mas mesmo acreditando em deus, nao deixo de achar que o que leva pessoas a cometerem crimes em nome de deus é o facto de serem manipuladas por aqueles a quem reconhecem alguma forma de autoridade carismática. e esses manipuladores têm habitualmente motivaçoes bem terrenas. no caso das cruzadas, de que falou, uma das razoes era nao mas do que o controlo por parte dos venezianos e genoveses do comercio do oriente, só para dar um exemplo.

a motivaçao é sempre a mesma. é bem terrena e deus nunca tem nada a ver com isso: dinheiro e poder.

12:10 da manhã  

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