quinta-feira, agosto 25, 2005

NOT IN MY BACKYARD

Vinte anos depois de Chernobyl, e com o petróleo a atingir hoje os 68 USD/barril, a energia nuclear volta a estar na moda. E, como toda a gente sabe, Portugal é uma nação que gosta de estar na moda: vai daí, os sectores mais dinâmicos da nossa sociedade benfazeja estão a mobilizar-se para Colocar Portugal no mapa da Agência Internacional para a Energia Atómica.
Estou a falar, claro, da classe dos grandes empresários, gente da craveira de um Van Zeller, de um Belmiro de Azevedo, de um Patick Monteiro de Barros, de um Pedro Ferraz da Costa, da família espirito Santo, enfim, pessoas dotadas de uma visão empresarial fora de série, que fizeram de Portugal um autêntico tigre latino, pessoas a quem todos nós devemos a prosperidade que goza actualmente a nossa bela pátria à beira-mar plantada.
O Porcolatino também quer estar na moda!
Por essa razão, decidimos associar-nos a este audaz empreendimento, lançando entre os nossos leitores o debate sobre a localização desse ícone nacional que será a nossa central nuclear.
Como toda a gente sabe, o nuclear é seguríssimo, é uma energia limpa, com os resíduos podem fazer-se bombas para lançar nos Balcãs ou noutro sítio qualquer, e nada, nem sequer a arquitetura de Frank Gerry iguala a estética imponente de uma central nuclear.
Por isso, e porque a energia nuclear vai ser fundamental para por a funcionar as centrais de dessalinização de água do mar que irão regar os nossos greens, o Porcolatino sugere três localizações alternativas:
  1. Quinta da Marinha;
  2. Quinta do Perú;
  3. Quinta do Lago.

Está aberta a votação!

Aceitamos também mais propostas para outra possíveis localizações.

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

A dessalinização é uma boa opção (embora os custos sejam elevados) mas não está a ser equacionada.
Quanto à energia eólica, dizem que não; não pode ser ligada à rede, por falta de capacidade das linhas transportadoras; energia nuclear está fora de questão. Energia feita a partir do gás natural, também não (foi regeitado, há dias , um projecto destes. Ficamos com a energia hidráulica. Mas temos a seca, que se continuar assim vai fazer parar algumas barragens, uma das quais responsável por 23% do total produzido no país.
Acabamos por vêr a T.V. à luz das velas.
julio reis

5:23 da tarde  
Blogger cãorafeiro said...

temos um problema grave em relação à energia, de facto, e não somos só nós, mas júlio, não achas estranho que os empresários andem agora com esta conversa?

e sim, vamos mesmo acabar à luz das velas...na melhor das hipóteses.

5:59 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

vamos mas é fazer isso no local do aeroporto de lisboa, assim o projecto do novo aeroporto terá razão de ser!!!
Não é uma moda, é uma necessidade! Se não avançarmos com os outros, ficamos ainda pior do que ja estamos (o que parece desde ja impossivel)

8:19 da tarde  

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