Escândalo autárquico em Lisboa
Enquanto Carmona Rodrigues e a distrital do PSD/Lisboa se encontram em guerra, sem fim à vista, os bastidores das negociatas começam a ser conhecidos.
Ontem, numa pequena aldeia da Beira Alta, comecei a ler o Expresso. Na última página do caderno principal, chamou-me a atenção um pequeno, artigo a três colunas, sob o título «PSD veta Monteiro». Comecei aí a leitura do semanário, tendo ficado a saber:
1 – Houve um acordo entre Carmona Rodrigues (CR) e Manuel Monteiro MM) em que a Nova Democracia (PND) – partido pessoal de Manuel Monteiro –, indicava para a Assembleia Municipal um indefectível apoiante de MM, Jorge Ferreira;
2 – A distrital do PSD/Lisboa, presidida pelo impoluto deputado António Preto, pressionou para que o acordo não fosse avante e – segundo afirma Manuel Monteiro –, «foi feita a sugestão de que fosse substituído por futuras presenças de uma pessoa da Nova Democracia em empresas municipais» (sic).
3 – Já não bastam os acordos políticos (esses, legítimos), avança-se para promessas de emprego em empresas municipais. É uma espécie de carta de condução para o Conselho de Administração de uma empresa que, mesmo deficitária, paga generosamente aos administradores.
4 – A desconfiança com que olho a criação de empresas municipais, aumentou agora com a despudorada denúncia de que, em Lisboa, o PSD não faz acordos de incidência política, promete empregos bem remunerados como recompensa de apoios partidários.
5 – As empresas municipais podem tornar-se um instrumento de corrupção política e uma forma de pagamento de fidelidades, pouco transparentes e em flagrante contradição com os mais elementares princípios de boa gestão dos bens públicos.
Pobre democracia.
Ontem, numa pequena aldeia da Beira Alta, comecei a ler o Expresso. Na última página do caderno principal, chamou-me a atenção um pequeno, artigo a três colunas, sob o título «PSD veta Monteiro». Comecei aí a leitura do semanário, tendo ficado a saber:
1 – Houve um acordo entre Carmona Rodrigues (CR) e Manuel Monteiro MM) em que a Nova Democracia (PND) – partido pessoal de Manuel Monteiro –, indicava para a Assembleia Municipal um indefectível apoiante de MM, Jorge Ferreira;
2 – A distrital do PSD/Lisboa, presidida pelo impoluto deputado António Preto, pressionou para que o acordo não fosse avante e – segundo afirma Manuel Monteiro –, «foi feita a sugestão de que fosse substituído por futuras presenças de uma pessoa da Nova Democracia em empresas municipais» (sic).
3 – Já não bastam os acordos políticos (esses, legítimos), avança-se para promessas de emprego em empresas municipais. É uma espécie de carta de condução para o Conselho de Administração de uma empresa que, mesmo deficitária, paga generosamente aos administradores.
4 – A desconfiança com que olho a criação de empresas municipais, aumentou agora com a despudorada denúncia de que, em Lisboa, o PSD não faz acordos de incidência política, promete empregos bem remunerados como recompensa de apoios partidários.
5 – As empresas municipais podem tornar-se um instrumento de corrupção política e uma forma de pagamento de fidelidades, pouco transparentes e em flagrante contradição com os mais elementares princípios de boa gestão dos bens públicos.
Pobre democracia.
2 Comments:
As Empresas Municipais podem servir para muito mais... por exemplo, para uma solução amigável de divórcio (que custa, sempre, caro). Assim, em vez de o autarca ter de pagar (do seu bolso) indemnização à ex-esposa, arranja um bom tacho ao actual namorado da dita. Acordo amigável, ficam todos a ganhar...
julio reis
pois é, corja, o maior problema com que se deparam as pessoas sérias que estão contra o sistema, é que as que mais mamam à conta do dito também dizem que são contra o sistema.
não sei se conhecem este senhor:
http://maltez.info/
pois bem, este senhor, que por acaso até foi o ideólogo do partido do manuel monteiro e candidato pelas suas listas, até que as comadres se zangaram, passa a vida, em todas as tribunas a que tem acesso, a dizer mal do sistema. a ele se aplicam na perfeição as palavras do dissidente burguês vaclav havel escritas na cadeia num país em que ser burguês era pouco recomendável «os especialistas do discurso sobre a responsabilidade não têm de ser eles proprios responsáveis porque não é para isso que lhes pagam.(...) deves, talvez, lembrar-te que os discursos éticos mais coerentes são normalmente proferidos pelos maiores cobardes ou patifes» (cartas a olga, p269).
é o problema do poder das palavras, é o poder de uma faca de dois gumes.
é este o problema de um blog que quer lutar contra o espírito de manada, é que anda por aí muita gente a dizer que é contra o espírito de manada, mas que na realidade ambiciona instalar-se no sistema, ou então garantir que continua acomodado.
por favor, não queiram ser e muito menos parecer este senhor, um dos meus ódioas de estimação, sobre quem haveria tanta coisa má para dizer.
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